Para nos aprofundarmos mais no assunto, conversamos com André Hosoi, um dos fundadores do grupo de percussão corporal Barbatuques, que é professor de música. Hosoi, que é pai de Liz, de 2 anos, só vê vantagens nessa nova lei e ainda dá dicas para você estimular a musicalização em casa também.
CRESCER: Como a música pode contribuir para a formação das crianças?
André Hosoi: A música é fundamental nesse sentido porque trabalha, além de muitas outras coisas, a percepção, a lógica, a coordenação motora, a comunicação e algo muito importante, que é aprender a ouvir. A criança precisa saber escutar criticamente, entender se gosta de uma música ou não e explicar o porquê.
CRESCER: Como isso pode ser aplicado?
A.H.: Por meio de jogos e com coisas do cotidiano, levando em conta o repertório infantil. Às vezes, os professores querem impor um repertório que pouco tem a ver com o dia a dia dos alunos. É legal mostrar um coro de Bach, mas ligar ao que a criança vive e conhece. E atividades simples, como brincar de estátua, bater palma com a música, achar o pulso da música, perceber os graves e os agudos.
CRESCER.: E qual é o papel dos pais?
A.H.: Principalmente nos primeiros anos de vida, as crianças precisam de referência. Os pais podem ouvir música com elas, cantar junto não só as infantis, mas mostrar outros estilos. Não dá para delegar toda a vivência musical para aulas semanais de 30 minutos.
texto: revista crescer
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