terça-feira, 29 de novembro de 2011

Música ajuda na aprendizagem das crianças

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Escola também é lugar de cantar, tocar instrumentos e conhecer partituras. E isso agora virou lei! A partir deste mês, o ensino de música volta a ser obrigatório em todas as escolas de ensino fundamental e médio, de acordo com a lei nº 11.769, sancionada em 2008. Não são poucos os estudos que relacionam a música ao melhor desenvolvimento cognitivo das crianças. Uma pesquisa feita recentemente pelo historiador Milton Joeri Fernades e defendida como tese de doutorado na USP mostra que ela facilita, por exemplo, o ensino de história. Como? Criando empatia entre aluno e professor. Além disso, as melodias auxiliariam as crianças a ligarem o conteúdo da disciplina à música, o que facilita a memorização e a aprendizagem.
Para nos aprofundarmos mais no assunto, conversamos com André Hosoi, um dos fundadores do grupo de percussão corporal Barbatuques, que é professor de música. Hosoi, que é pai de Liz, de 2 anos, só vê vantagens nessa nova lei e ainda dá dicas para você estimular a musicalização em casa também.

CRESCER: Como a música pode contribuir para a formação das crianças?
André Hosoi
: A música é fundamental nesse sentido porque trabalha, além de muitas outras coisas, a percepção, a lógica, a coordenação motora, a comunicação e algo muito importante, que é aprender a ouvir. A criança precisa saber escutar criticamente, entender se gosta de uma música ou não e explicar o porquê.

CRESCER: Como isso pode ser aplicado?
A.H.
: Por meio de jogos e com coisas do cotidiano, levando em conta o repertório infantil. Às vezes, os professores querem impor um repertório que pouco tem a ver com o dia a dia dos alunos. É legal mostrar um coro de Bach, mas ligar ao que a criança vive e conhece. E atividades simples, como brincar de estátua, bater palma com a música, achar o pulso da música, perceber os graves e os agudos.

CRESCER.: E qual é o papel dos pais?
A.H
.: Principalmente nos primeiros anos de vida, as crianças precisam de referência. Os pais podem ouvir música com elas, cantar junto não só as infantis, mas mostrar outros estilos. Não dá para delegar toda a vivência musical para aulas semanais de 30 minutos.

                                                                                                                                                                                     
                                                                                                                                                                                     texto: revista crescer

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